Meu destino era o Nós do Morro, livro de Luciana Bezerra, chega às livrarias com o selo da Aeroplano Editora. A noite de autógrafos será no dia 2 de setembro, quinta-feira, às 19h, na Livraria Argumento, na Rua Dias Ferreira, 417 – Leblon (Rio de Janeiro). Após o lançamento, terá um show no casarão do Nós do Morro, na Rua Dr. Olinto de Magalhães, nº 54 (Vidigal), com bandas do próprio lugar. O show começa às 21h e vai até às 2h, cantam Melanina Carioca, Emília Lins, além do encerramento com o DJ Micael Borges.
“Luciana é, antes de tudo, um exemplo de quem vestiu a camisa do grupo e caminhou com a gente, ao participar e contribuir para o fortalecimento da filosofia do Nós do Morro: criar acesso ao mundo da arte e da cultura para todos que não têm direito a estes, que são dois dos bens mais fundamentais da humanidade.”
Guti Fraga
O livro conta a trajetória do grupo Nós do Morro, pela ótica da sua coordenadora de Audiovisual, Luciana Bezerra. A autora fala de suas experiências no grupo como atriz, figurinista, diretora, escritora e roteirista. Sua narrativa vai desde a infância, nos tempos de Maricá e da Rocinha até a chegada no Vidigal, onde vive até hoje. Apaixonada por cinema, realizou o curta-metragem “Mina de Fé” – ganhador de vários prêmios, como melhor filme no Festival Curta Cinema, no 37º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro –, e o episódio “Acende a luz”, do projeto 5x Favela – Agora por nós mesmos, produzido por Cacá Diegues.
Meu destino era o Nós do Morro, de Luciana Bezerra
(texto de quarta capa) Guti Fraga
264 p – R$ 28,00
Aeroplano Editora / http://www.aeroplanoeditora.com.br/
“Luciana é, antes de tudo, um exemplo de quem vestiu a camisa do grupo e caminhou com a gente, ao participar e contribuir para o fortalecimento da filosofia do Nós do Morro: criar acesso ao mundo da arte e da cultura para todos que não têm direito a estes, que são dois dos bens mais fundamentais da humanidade.”
Guti Fraga
O livro conta a trajetória do grupo Nós do Morro, pela ótica da sua coordenadora de Audiovisual, Luciana Bezerra. A autora fala de suas experiências no grupo como atriz, figurinista, diretora, escritora e roteirista. Sua narrativa vai desde a infância, nos tempos de Maricá e da Rocinha até a chegada no Vidigal, onde vive até hoje. Apaixonada por cinema, realizou o curta-metragem “Mina de Fé” – ganhador de vários prêmios, como melhor filme no Festival Curta Cinema, no 37º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro –, e o episódio “Acende a luz”, do projeto 5x Favela – Agora por nós mesmos, produzido por Cacá Diegues.
Meu destino era o Nós do Morro, de Luciana Bezerra
(texto de quarta capa) Guti Fraga
264 p – R$ 28,00
Aeroplano Editora / http://www.aeroplanoeditora.com.br/
Meu destino era o Nós do Morro (Trecho do capítulo que dá título ao livro )
Tinha então treze anos, seria um ano inesquecível esse. Não era uma má aluna, mas sempre gostei de falar um pouco demais da conta, o que não me ajudava muito. Mas na simpatia eu era nota dez. Minha mãe sempre disse: Luciana, desde bebê vai com a cara de todo mundo!
Minha irmã, que não era uma adolescente fácil estava com dezessete e muita discordância com a minha mãe. Uma delas passou ser a principal: o teatro.
Na época, minha mãe considerava não ter nada haver com minha irmã, e que ela não devia se meter naquela história. Afirmava que sua vontade de fazer parte da trupe de atores vinha do fato, de um componente ser seu namorado, há alguns meses.
Isso rendeu. Em algumas famílias a arte ainda era vista de forma deturpada, os artistas eram confundidos com libertinos e drogados. Os filhos da ditadura. Mas no Vidigal se dava o início de uma revolução.Dentro de uma favela carioca, com moradores do próprio bairro Eram os precursores do Nós do Morro. O Guti Fraga havia montado um espetáculo que se chamava “Encontros”, onde estavam dois dos meus amigos Rômulo e Barton. Uma tarde de 1987 ao subir da praia com a minha mãe, encontramos o Guti e um a turma de Jovens, faziam a divulgação de uma peça no ponto do ônibus. Fora assistir naquele dia mesmo. Era um domingo e a sessão acabava mais cedo. A mãe não foi, mas marcou a hora que deveríamos chegar juntas e no horário marcado.
Tinha então treze anos, seria um ano inesquecível esse. Não era uma má aluna, mas sempre gostei de falar um pouco demais da conta, o que não me ajudava muito. Mas na simpatia eu era nota dez. Minha mãe sempre disse: Luciana, desde bebê vai com a cara de todo mundo!
Minha irmã, que não era uma adolescente fácil estava com dezessete e muita discordância com a minha mãe. Uma delas passou ser a principal: o teatro.
Na época, minha mãe considerava não ter nada haver com minha irmã, e que ela não devia se meter naquela história. Afirmava que sua vontade de fazer parte da trupe de atores vinha do fato, de um componente ser seu namorado, há alguns meses.
Isso rendeu. Em algumas famílias a arte ainda era vista de forma deturpada, os artistas eram confundidos com libertinos e drogados. Os filhos da ditadura. Mas no Vidigal se dava o início de uma revolução.Dentro de uma favela carioca, com moradores do próprio bairro Eram os precursores do Nós do Morro. O Guti Fraga havia montado um espetáculo que se chamava “Encontros”, onde estavam dois dos meus amigos Rômulo e Barton. Uma tarde de 1987 ao subir da praia com a minha mãe, encontramos o Guti e um a turma de Jovens, faziam a divulgação de uma peça no ponto do ônibus. Fora assistir naquele dia mesmo. Era um domingo e a sessão acabava mais cedo. A mãe não foi, mas marcou a hora que deveríamos chegar juntas e no horário marcado.
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