sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Agosto e Setembro de 2010

Tenho vivido muitas emoções nestes últimos dias entre agosto e setembro.

Desde que começamos a mostrar o filme, as pessoas tem se manifestado por carta, pessoalmente ou por e-mail. Às vezes leio e me calo e fico com tudo guardadinho para que me sirva sempre de impulso para continuar.

Passei quatro dias com problema na internet e hoje retornei aos e-mails a pane no computador se deu logo depois de ter lançado meu livro, que ousadamente comecei intitular meu primeiro livro, depois de uma noite das mais variadas emoções, madrinhas, prima, mãe, pessoas que me conheciam desde pequena, que me conheceram agora, meus amigos, muitos personagens das histórias que escolhi para contar neste livro.

Todos ali, conversando, brindando vinho branco e água e ao finalzinho da sessão de autógrafos e dedicatórias personalizadas ainda perdi meu filho por uns longos 40 ou 50 segundos. A criança lia um livro quase em baixo de uma estante e o tempo foi o bastante para a avó chorar e ter até que ser acalmada com água com açúcar.

Lá pelas duas da manhã subi ao palco do Casarão do Nós do Morro. Sambei, falei poesia, prometi um novo livro, agradeci e partilhei momentos inesquecíveis com meus amigos e muitos curiosos que passaram na livraria e subiram o morro.

Hoje ao ler tudo que me escreveram desde então, me faz feliz e aflita. Exposta, não é fácil. Uma senhora me disse: Mas você é tão novinha, o que tanto já viveu que conta neste livro. Comprei e vou ler.

Ao mesmo tempo vivo os sentimentos descritos por Luciano Vidigal em e-mail onde divide comigo o quanto é indescritível a felicidade de ver nos olhos de sua mãe o orgulho por você.

Tivemos mesmo destinos parecidos e que se cruzaram ali por volta do meio dos anos 90 e juntos estamos caminhado até hoje. Muitas vezes enquanto ensaiava um texto ou lia algum livro no quarto, vi minha mãe chegar com bolsas pesadas após o dia de faxina. Sei que ser uma pessoa do bem é para ela o melhor presente que posso dar. É ter motivo pra se orgulhar de mim. Assim é a D. Augusta e Também a D. Gal e muitas outras.

Recebi no fim de semana o telefonema de dois tios meus. Uma de minhas tias descrevia engraçadamente que desde que pegou o livro não parou de ler, que queimou todo o almoço, que irá a Niterói ver o filme e meu tio que se intitulou não mais um Zé ninguém porque tem uma sobrinha atriz, cineasta e escritora. É assim que escrevemos nossa história a cada dia. E o que tenho que dizer a eles é que sou todos eles e tudo que me ensinaram todos esses anos sendo uma família unida e generosa para com os nossos e os outros.

Agradeço as oportunidades que tenho tido e sigo acreditando que posso transformar para muito melhor o mundo que vivemos através da arte.

Claro junto com todos vocês meus Amigos, Mestres, Inspiradores, Loucos, Santos, Milagreiros, Fanáticos, Obsessivo, Vocacionados, Amantes, Amadores desta vida que através da arte é mais bonita de ser vivida!

Luciana Bezerra

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